Depois de um incêndio destruidor, a estação de pesquisa Comandante Ferraz, localizada na Antártica, foi reinagurada. Com investimento de cerca de US$ 100 milhões, o novo centro de pesquisas do Brasil no continente gelado possui 7 laboratórios e capacidade para 64 pessoas.
O Brasil faz parte de um seleto grupo de 29 países que possuem estações científicas na Antártica. Além de algumas linhas de pesquisas que só podem ser conduzida em meio as condições climáticas do local, a presença brasileira é fundamental porque, de acordo com o tratado antártico, só quem desenvolve pesquisas na região poderá definir o futuro do continente gelado.
Tratamento para Dengue e Chikungunya
Embora distante, a Antártica é tão importante quanto a Floresta Amazônica. Sua biodiversidade é composta de plantas e seres vivos que podem chegar até mais de 600 anos de existência e – ainda sim – muito pouco é ainda conhecido.
Uma das pesquisas que serão conduzidas no local será liderada pelo professor Luiz Rosa, docente da Universidade Federal de Minas Gerais, e pretende descobrir as aplicações de fungos encontrados apenas no Polo Sul no desenvolvimento de novos antibíoticos para tratar Dengue e a Chikungunya.
Outra pesquisa desenvolvida pelo professor analisa como plantas que ficam durante seis meses debaixo da neve e sobrevivem podem ajudar no desenvolvimento de anticongelantes para a indústria e também para a medicina.
Redução do impacto ambiental
Trinta por cento da energia consumida na Comandante Ferraz vêm de fontes renováveis produzidas por placas solares e por uma miniusina eólica instalada no local. Desenhada para reduzir os impactos ambientais, o centro de pesquisa ainda chama a atenção devido o calor emitido pelos geradores de energia, que em vez de serem lançado para o ar, é canalizado para aquecer a usina.
Essas inovações fazem com que a estação brasileira seja considerada uma das mais modernas da região Antártica.