Alunos do curso de automação industrial da Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Tatuí, cidade localizada a cerca de 130 km da capital paulista, uniram dois aparelhos com funcionalidades distintas para um único objetivo: transformar materiais descartados em peças de valor para o setor industrial.
O extrusor desenvolvido pelos estudantes transforma garrafas pet em fios de plástico que são aproveitados por uma impressora 3D.
De acordo com o aluno Lauro Fernando de Melo, em entrevista concedida ao portal G1, o quilo do fio de plástico rígido comercializado atualmente chega a custar em média R$ 150,00. Com o equipamento desenvolvido na Fatec, o investimento caiu cerca de 90%, chegando a apenas R$ 15,00 pela mesma quantidade.
A extrusão é um método comum no processo produtivo de filmes plásticos, chapas, barras e peças de metal e até mesmo de alimentos. A prensa hidráulica, ou extrusor(a), é o seu principalmente componente que força a passagem do material pela matriz (no caso do projeto dos alunos da Fatec, o plástico das garrafas pet) e controla o curso e a velocidade de extrusão.
Com o objetivo de elaborar uma ferramenta portátil, econômico, lucrativo e sustentável, os estudantes de Tatuí projetaram um equipamento de baixo custo, mas com boa qualidade.
Responsável pelo curso de automação, o professor Marcelo José Simonetti assegura a capacidade do projeto que levou um ano para ficar pronto desde a elaboração até a execução final e garante que mesmo com a pequena dimensão, o extrusor criado tem ótima performance.
A expectativa do grupo de alunos é a de que o equipamento possa ser aproveitado em indústrias de vários seguimentos.
O baixo custo pode atrair engenheiros e desenvolvedores de grandes peças que não querem gastar com ferro na elaboração dos moldes, por exemplo. “Com o aparelho eles podem fazer um desenho e desejar o que quiser criar”, explicou o estudante Weliton Melo ao G1.
Fonte: G1 / TV Tem