A Schneider Electric anunciou os ganhadores da competição internacional Go Green, iniciativa para estudantes universitários desenvolverem projetos inovadores sob o tema de “Circularidade e eficiência energética para edifícios”.
Atualmente e em escala global, as edificações representam cerca de 30% do total de emissões de CO2, e, com as ideias apresentadas na competição Go Green, espera-se atingir a meta de zero carbono nas edificações em 30% e 50% até 2030.
O primeiro colocado do concurso da Schneider Electric deste ano é um grupo de quatro jovens equatorianos estudantes do curso de Engenharia Eletrônica e Automação da Universdad de las Américas (UDLA). Os vencedores criaram o projeto AquaEnergy, um sistema hidrelétrico que visa reduzir o impacto ambiental por meio do uso de energia através do tratamento eficaz de águas residuais em edifícios e biogás. Segundo estimativas desta iniciativa, 42% das águas residuais do mundo vêm sem tratamento adequado.
Em segundo lugar, está o grupo de três brasileiros formados por estudantes dos cursos: Engenharia em Controle e Automação no Instituto Federal de Ciência (IFSP) e Tecnologia do Estado de São Paulo e Engenharia Ambiental e Sanitária no Centro Universitário Unifatecie.
O projeto Renewable Energy Nexus dos brasileiros se trata do desenvolvimento de energia renovável proveniente do cultivo de microalgas, utilizando a tecnologia de fotobiorreatores em conjunto com automação do EcoStruxure Building Operation, da Schneider Electric.
O foco estava na extração de biomassa, proveniente das microalgas, que, dentro dos fotobiorreatores, realizam o processo de fotossíntese e captura de carbono da atmosfera, posteriormente, se tornando biogás para abastecer, com energia e calor, a planta de um prédio comercial.
Para os universitários do grupo Chrysoteam, Gabriela Jesus, Cesar Magalhães e Guilherme Liarne, participar do Go Green 2023 foi uma das experiências mais enriquecedoras de suas vidas acadêmicas.
“Durante todo esse processo, tivemos uma excelente mentoria e pudemos expandir nossa compreensão sobre o tema e desenvolver propostas que nunca teríamos imaginado antes. Todo o processo foi emocionante, e os dias de treinamento com o mentor foram árduos, com muitas noites depois do horário treinando em equipe, discutindo melhores slides e repassando falas. Ficamos extremamente felizes e gratos pela experiência. A competição nos mostrou que temos o poder de fazer a diferença e contribuir para um futuro mais sustentável”, afirma o grupo.
A terceira posição também foi conquistada por universitários brasileiros, com um projeto de aplicativo chamado Power Bill Analysis, para solucionar os problemas com o alto custo da energia elétrica e a dificuldade de interpretação dos dados da conta. Com o foco em condomínios residenciais, o aplicativo capacita os usuários a interpretar e reduzir seu gasto de forma eficiente, contribuindo com a redução do gasto elétrico e da emissão de CO2.
Larissa Da Silva, Anderson Cerqueira e Jonathan Lira são os donos desse terceiro projeto e cursam Engenharia de Controle e Automação na Faculdade Engenheiro Salvador Arena. “Participar do Go Green foi enriquecedor e desafiador. Superamos o nervosismo de realizar uma apresentação em inglês e aprimoramos habilidades criativas, encontrando formas sustentáveis de impacto”, explica Larissa Da Silva. “Essa experiência nos motiva ao combate às mudanças climáticas, utilizando tecnologias existentes para criar soluções inovadoras que podem fazer uma diferença significativa para o meio ambiente e o futuro do nosso planeta.”
Entre os jurados internos e externos que avaliaram os projetos, a competição contou com a participação de Felipe Faria, CEO da Green Council Building Brasil.
Em 2023, o Go Green registrou 1.211 inscrições e 194 projetos de 6 países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador e Peru. O primeiro lugar ganhará uma viagem internacional, com todas as despesas pagas, à uma das sedes globais da Schneider Electric para encontrar com os ganhadores das outras regiões.
“Na Schneider Electric, acreditamos que a eficiência em edifícios é onde está a chave para a transformação net-zero com infraestruturas mais inteligentes e focadas nas pessoas”, afirma Patrícia Lombardi, líder do Segmento Edificações para a América do Sul da Schneider Electric. “Por isso, convidamos jovens talentos a participar de um futuro mais sustentável, com ideias que gerem um diferencial na estrutura e processos em edificações e um impacto positivo na sociedade.”
Vale destacar que na competição europeia, quem levou o primeiro lugar também foi um grupo de brasileiros, que hoje vivem em Portugal. Isso mostra a importância do programa e abertura para novas ideias nos locais em que a Schneider atua, com destaque importante ao nosso ecossistema educacional.