O que legumes e verduras tem a ver com inovação e tecnologia? Para o Governo do Estado de São Paulo, tudo. O antigo CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) instalado na zona Norte da capital paulista estava destinado para transformar-se no Centro Internacional de Tecnologia e Inovação.
A ideia, batizada de Projeto CITI, pretendia ocupar os 650 mil metros quadrados na região da Vila Leopoldina e convidar empresas, como Facebook, Google, Microsoft e IBM para otimizar o projeto e, inclusive, terem espaço no local.
O objetivo de toda essa iniciativa é de que a cidade de São Paulo seja o novo ‘Vale do Silício’. Ousado. Agora, um ano depois da divulgação da ideia, a intenção mantém-se. No entanto, o resto mudou.
Há algumas semanas, o Governador do Estado anunciou que serão utilizados as instalações do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) em vez do CEAGESP. E que o Projeto CITI vai entrar em operação nos primeiros seis meses de 2020.
Quarta Revolução Industrial
Outro pólo de inovação que terá sede no IPT é o Centro da Quarta Revolução Industrial, cujo objetivo é desenvolver regulações e políticas públicas de tecnologias emergentes voltadas a Indústria 4.0.
O programa piloto oferece a identificação de soluções simples e acessíveis para a internet das coisas, diagnóstico de maturidade tecnológica, consultoria financeira, de gestão de pessoas e suporte financeiro realizado por entidades parceiras.
Mais adiante, o Centro da Quarta Revolução Industrial no Brasil atuará com políticas de dados, Indústria 4.0, Internet das Coisas, Cidades Inteligentes, Robótica, Inteligência Artificial e Blockchain.
Cerca de 130 pequenas e médias empresas deverão participar do projeto em sua fase inicial, no entanto, a expectativa é atender duas mil até 2021.
A inauguração deve ocorrer no encontro anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, em janeiro de 2020.
Além disso tudo, foram anunciadas as instalações de polos de pesquisa em parceria com o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife e um Centro de Inovação no Instituto Butantan.
Acompanhar o ritmo das mudanças tecnológicas no mundo
Criar novas políticas para ajudar pequenas e médias empresas a acompanhar o ritmo das mudanças tecnológicas no mundo é a meta do Governo com essas iniciativas.
Para Patricia Ellen, Secretária de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, a tecnologia precisa ser aliada da gestão pública e isso inclui trazer dados e evidências para tornar as decisões mais assertivas.
“Nossa meta é justamente reunir tudo o que há de melhor em nosso país em ciência, tecnologia e inovação para criar o Vale do Silício brasileiro”, afirmou a dirigente.