De acordo com o último relatório da Interact Analysis, instituto internacional de pesquisa de mercado, em 2018, aproximadamente 20 mil veículos autônomos foram instalados em fábricas de todo o mundo – mais que o dobro de 2017. A estimativa é que esse número ultrapasse as 350 mil unidades até 2020.
A Pollux, empresa brasileira de tecnologia industrial, é uma das protaganistas desse movimento no Brasil e considera o mercado favorável para a adoção desses equipamentos.
“Estamos vivendo uma retomada de grandes projetos tecnológicos mês após mês a partir de uma maior conscientização das empresas sobre os benefícios que a tecnologia oferece”, comenta Cedric Craze, diretor de Logística e Digital da Pollux.
A empresa, que já conduziu diversos projetos de transformação digital, oferece soluções para atender a chamada “Logística 4.0”, que compreende toda a movimentação interna da fábrica, como processos de abastecimento de linha, transporte de materiais e transporte de pallets com produtos acabados.
Para Ricardo Gonçalves, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Pollux, fábricas 4.0 são mais econômicas, ágeis, flexíveis e produtivas. “Automatizar a logística de abastecimento pode reduzir em até 30% os níveis médios de inventário, ao mesmo tempo que aumenta a disponibilidade dos itens”.
Outra vantagem apontada pelo executivo está relacionada aos tempos de paradas de linha por falta de suprimentos o que, na maioria das fábricas, representam perdas financeiras significativas.
Com o uso de um sistema que identifica e programa o abastecimento por meio dos veículos autônomos, esse problema não acontece.
A solução da Pollux para a “Logística 4.0” automatiza as movimentações internas da fábrica. O sistema monitora com sensores os pontos de coleta e de abastecimento, gerencia e prioriza com software próprio os pontos de necessidade e controla também os veículos autônomos, que percorrem sozinhos pelos corredores do chão de fábrica transportando as cargas necessárias sem a intervenção humana. Tudo isso com assertividade e segurança para os operadores.
“Dessa forma é possível garantir, entre outras coisas, que o cálculo de peças para abastecer as linhas seja feito de maneira assertiva e sem desperdícios dos itens”, complementa Gonçalves.
A empresa avança com a implementação dos veículos autônomos e um de seus clientes, a MWM – fabricante de motores Diesel e geradores de energia – iniciou há oito meses um projeto que resultou na implementação de dois equipamentos na fábrica de São Paulo.
“Os veículos realizam o abastecimento de peças de maneira totalmente autônoma pois são equipamentos com inteligência para reconhecer a área e desviar de obstáculos fixos ou móveis por meio de sistemas de visão avançados”, explica Michael A. Ketterer – Diretor da Unidade de Negócios de Contratos de Manufatura, Operações & Qualidade da MWM.
Este ano, a empresa também iniciou a implementação de suas tecnologias em outros países como Colômbia, México, Equador e Argentina. “Já estamos nos tornando referência também para o mercado internacional”, enfatiza Ricardo Gonçalves.