O setor sucroenergético no Brasil tem vem se destacando como plantas de bioenergia, produzindo através da cana-de-açúcar o Etanol, sendo o segundo maior produtor do mundo com 26,52 bilhões de litros, açúcar com 37,76 milhões de toneladas, sendo o maior exportador do mundo e capacidade instalada de 9.339 MW de geração de energia elétrica com a queima do bagaço de cana após a extração de caldo, com um faturamento anual do setor de 43,36 bilhões de dólares (Markestrat *, 2014).
Com esses números, o setor ganha destaque no mundo, uma vez que é uma indústria “verde” e altamente estratégica para o governo, pois está posicionada de forma robusta em nossa matriz energética.
Um dos maiores desafios do setor é o gerenciamento dos custos industriais, necessitando de plantas com automação que permita alta disponibilidade produtiva durante o período de safra, próximo de 8 meses, com altos ganhos de escala, além de controlar a variabilidade do processo, pois as cargas variam ao longo do período produtivo e finalizando com sistemas de alta segurança operacional.
O setor sucroenergético passou por uma grande fase de investimentos para que chegassem as estes números e desafios, por volta do ano de 2006, houveram investimentos maciços em novas plantas e atualização das existentes, onde a tecnologia das Redes Industriais com o protocolo Profibus ganharam destaque e foi adotada em 6 de cada 10 projetos de automação.
Porque as redes Profibus foram e ainda são destaques no setor sucroenergético?
Um dos principais pontos que caracterizam o processo das usinas é que suas plantas necessitam desde sinais discretos no nível mais baixo de comando, até sistemas de controle redundantes com instrumentação inteligente de campo, passando por comando do centro de motores chegando até a gestão dos ativos.
A tecnologia Profibus permitiu atender todos os níveis de sinal e controle, onde no perfil Profibus DP temos os CCM Centro de Controle de Motores e conexões com remotas, muito utilizados nestas arquiteturas do setor.
Quanto ao perfil Profibus PA, a instrumentação inteligente atendeu toda a parte de controle do processo, ganhando destaque também para atendimento de áreas classificadas, principalmente nos setores de destilação do Etanol, que necessita deste requisito.
Completando os sinais de comando e intertravamento de planta, as redes ASI Bus, se destacam com os sensores em válvulas, indicadores de posição, acessórios de acionamentos e sinalização, chegando até as conversões de sinais discretos para conexão em rede.
Os benefícios da utilização das redes Profibus foram muitos e podemos destacar a facilidade da instalação dos grandes sistemas de comando e controle, diminuindo tempo de instalação em plantas novas, a facilidade de elaboração de lógicas em sistemas padronizados com blocos de comunicação, as informações adicionais dos dispositivos e instrumentos para configuração e gerenciamento de ativos on-line, simplicidade, robustez e informação, alavancaram as aplicações Profibus no setor.
O setor ainda demanda muitas tecnologias, uma vez que ainda está em fase de crescimento de maturidade, as certificações de redes, as padronizações de perfis, treinamento e qualificação profissional e gestão de ativos, continuam em destaque nas necessidades atuais quanto a este protocolo.
O protocolo Profibus é destaque por atender todos os perfis como comentado, com o protocolo Profinet abre-se mais uma camada de aplicações, gerando ainda mais facilitadores na rede de comunicação para o controle operacional, como tendência, podemos destacar a convergência dos sistemas de controle de planta com os sistemas de automação elétrica (IEC61850), redes Wireless e gestão industrial.
O protocolo Profibus mudou o modelo de controle operacional do setor sucroenergético, o setor se tornou referencia mundial em produção de energia com automação de alto nível de segurança, produção e gestão, colocando o setor entre os mais importantes no Brasil e se destacando também no mundo.
Este artigo foi originalmente publicado no Profinews Internacional 118.
1 comentário
Boa tarde. Os sistemas de redes digitais Fiedbus, Modbus e profelbus, são empregadas de um modo geral, nas indústrias de pequeno , médio e grande porte. Eu trabalhei com essa tecnologia em 2007…na refinaria de petróleo de “Duque de Caxias”…essa tecnologia é empregada nos sistemas de anti mísseis de Israel.